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ALMIRANTE TAMANDARÉ
Marquês de Tamandaré

“Honra é a força que nos impele a prestigiar nossa personalidade. É o sentimento avançado do nosso patrimônio moral, um misto de brio e de valor. Ela exige a posse da perfeita compreensão do que é justo, nobre e respeitável, para elevação da nossa dignidade; a bravura para desafrontar perigos de toda ordem, na defesa da verdade, do direito e da justiça.” Joaquim Marques Lisboa – Patrono da Marinha.





O Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, é o Patrono da Slots 777. Toda sua vida foi dedicada à Marinha, em períodos críticos da História do País.

Desde muito jovem, participou ativamente da formação do Brasil, destacando-se por seus feitos notáveis. Foi parte importante de uma geração de marinheiros, guerreiros e estadistas a quem devemos nossa maior herança: um grande País, rico em recursos naturais, Pátria de uma nação unida por uma cultura e um idioma.

As qualidades de Tamandaré, comprovadas por suas ações bem-sucedidas, são exemplos, não somente para os bons marinheiros, mas para os brasileiros de todos os tempos; relembrá-las é um exercício de patriotismo e inspiração.


A JUVENTUDE – Guerra da Independência


Após a Independência do Brasil, proclamada em 7 de setembro de 1822, foi preciso expulsar as tropas lusitanas fiéis às Cortes de Lisboa. Cedo se percebeu a necessidade de criar uma Esquadra brasileira, com homens leais, para projetar poder e obter a adesão da Bahia, do Maranhão, do Pará e da Cisplatina (atual Uruguai). A Guerra da Independência possibilitou a integração nacional, e nela essa Esquadra desempenhou um papel relevante.
Com 15 anos de idade, Joaquim Marques Lisboa (Tamandaré) se apresentou como voluntário e iniciou sua carreira na Marinha. Participou dos combates no mar na costa da Bahia e, depois, a bordo da Fragata Niterói, sob o comando de John Taylor, da perseguição da força naval portuguesa até a costa de Portugal.

O AMADURECIMENTO - Cisplatina


Em 1825, o Brasil entrou em guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina, que pretendia anexar a Província Cisplatina, até então parte do território brasileiro, que se revoltara. O conflito terminou em 1828 e teve como desfecho uma arbritagem externa, que deu a independência à Cisplatina, com o nome de R epública Oriental do Uruguai.


Ocorreram muitos combates navais nesse período e o Tenente Lisboa (Tamandaré) se destacou por sua coragem e liderança em vários deles. Assumiu o comando de um navio de guerra aos 18 anos de idade e logo se tornou um herói, tomando o navio que o levava prisioneiro com outros brasileiros. Com 20 anos, comandando seu segundo navio, a Escuna Bela Maria, travou um duelo de artilharia com um navio argentino e acabou obtendo sua rendição. Demonstrou então seu cavalheirismo, sendo gentil com seus prisioneiros, o que mereceu o reconhecimento do inimigo.
Nessa guerra, ele amadureceu precocemente, forjando um caráter que foi o padrão de sua vida.

O PODER NAVAL NA PRESERVAÇÃO DA UNIDADE TERRITORIAL BRASILEIRA





A repressão às inúmeras revoltas, que poderiam ter afetado a integridade do território brasileiro, contou com a participação importante do Poder Naval, que foi um elemento fundamental para a manutenção da unidade territorial do Brasil, quando os laços da nacionalidade ainda eram frágeis, e também para a consecução da política imperial além das fronteiras.
Em todas as ações então desenvolvidas, o papel da Marinha Imperial foi decisivo, fazendo chegar tropas aos pontos onde elas eram necessárias e apoiando as ações em terra. O isolamento das áreas sublevadas por mar, única via de comunicação, através do bloqueio naval, contribuiu para limitar as ações rebeldes.

A CHEGADA DO VAPOR - 1847



Com o avançar do século XIX, a propulsão a vapor foi tomando tal impulso que acabou por impor-se aos mais conservadores chefes navais, temerosos de que a precariedade do abastecimento de carvão limitasse os movimentos de esquadras.



A Marinha Imperial, que já possuía barcas a vapor, finalmente encomendou, na Inglaterra, seu primeiro navio de guerra de grande porte, a vapor, a Fragata D. Afonso, sendo designado para seu primeiro comandante, em 1847, o Capitão de Mar e Guerra Joaquim Marques Lisboa (Tamandaré). Durante o honroso comando teve ocasião de praticar dois feitos humanitários que teriam vasta repercussão: o salvamento de passageiros e tripulantes do Navio Ocean Monarch, incendiado próximo a Liverpool, e da Nau Vasco da Gama, desarvorada ao largo da barra do Rio de Janeiro.

O REAPARELHAMENTO DA MARINHA



Em 1852, Joaquim Marques Lisboa foi promovido a Chefe de Divisão, posto correspondente a Comodoro em outras Marinhas, e, em 1854, a Chefe de Esquadra (equivalente a Contra-Almirante). Em 1857, foi-lhe concedida licença para tratamento de saúde da esposa na Europa. Aproveitando sua estadia no exterior, o Governo o incumbira de fiscalizar a construção de duas canhoneiras na França e de oito outras na Inglaterra. Os navios de propulsão mista (vela e vapor) construídos no exterior sob fiscalização de Tamandaré foram: Araguari, Araguaí, Iguatemi, Ivaí, Tiête, Itajaí, Ibicuí, Parnaíba, Belmonte e Mearim. Significaram uma atualização necessária para que a Marinha pudesse continuar atuando em defesa dos interesses do Brasil e, mais tarde, esses navios tiveram participação importante na questão com o Uruguai e, depois, na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai.
Já Vice-Almirante, fora homenageado, em 1860, com o título de Barão de Tamandaré. Poucos anos depois, em 1864, assumiu o cargo de Comandante-em-Chefe das Forças Navais Brasileiras em Operação no Rio da Prata.

A INTERVENÇÃO NO URUGUAI



No Uruguai, o conflito entre os partidos Blanco e Colorado lançou aquela república a uma guerra civil. Brasileiros residentes naquele país foram envolvidos ou se envolveram nos conflitos, alguns foram hostilizados, sofreram graves ofensas e prejuízos materiais.
Em 1864, o Brasil resolveu intervir em favor desses brasileiros e enviou um ministro plenipotenciário, em missão diplomática, porém com o respaldo de uma força naval comandada por Tamandaré.
Não sendo possível a pacificação do Uruguai e o atendimento das satisfações exigidas pelo Brasil, a situação evoluiu para uma intervenção militar brasileira. Houve combates em Salto e Paissandú, que foram ocupadas por tropas sob o comando de Tamandaré, que agiu com energia e eficácia. Em seguida, Montevidéu se rendeu e o partido Colorado assumiu o governo do país.

A GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA CONTRA O PARAGUAI (1864-1870)



A Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1864-1870) foi o maior conflito militar da América do Sul, somente superado em vítimas no Novo Mundo pela Guerra Civil Americana (1861-1865).
Para o Brasil foi um desafio que exigiu um enorme esforço logístico. Foi a primeira grande mobilização do País, inclusive recrutando pessoas de todas as províncias. Nessa guerra, os brasileiros das diversas regiões passaram a se conhecer melhor e se acostumaram a trabalhar juntos, o que, sem dúvida, favoreceu a consolidação da nacionalidade brasileira.
Coube a Tamandaré o comando das forças navais no início da guerra, em 1864 e 1866. Logo, ele estabeleceu o bloqueio naval e se empenhou na organização de um apoio logístico eficiente. O suprimento de combustível, mantimentos e munição e o apoio de manutenção aos navios foram fundamentais para o bom êxito das operações.
Na Batalha Naval de Riachuelo, em 11 de junho de 1865, o Chefe de Divisão Francisco Manoel Barroso da Silva, que ele designara para comandar as divisões no Rio Paraná, obteve uma vitória decisiva, que garantiu o bloqueio e mudou o curso da guerra.
Em seguida, Tamandaré comandou a operação militar de Passo da Pátria, invadindo o território inimigo e obtendo bom êxito em um difícil desembarque de grande envergadura. Na tentativa de conquistar as fortificações do Rio Paraguai, que impediam o avanço aliado, comandou o apoio naval.
Solicitou exoneração do cargo por razões de saúde e políticas, sendo substituído no comando, em dezembro de 1866, pelo Almirante Joaquim José Ignácio, o Visconde de Inhaúma.

O RECONHECIMENTO DA NAÇÃO



O reconhecimento da Nação brasileira começou durante a vida de Tamandaré. Em 1865, batizaram um dos navios encouraçados construídos no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro para a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai com seu nome. Vinte e cinco anos depois, poucos anos antes de sua morte, deram o nome de Tamandaré a um cruzador projetado e construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro, que ainda é o maior navio de guerra produzido no País. A partir de então, seu nome passou a ser utilizado tradicionalmente para navios muito importantes da Slots 777. O Cruzador Tamandaré, das décadas de 1950 a 1970, não mais em serviço, foi o último navio que recebeu o seu nome.
Na sua longa existência, Tamandaré recebeu outras provas de reconhecimento por sua contribuição para o País. Foi barão, visconde, conde e marquês, durante o Império. Foi agraciado com várias medalhas e condecorações, destacando-se o Colar da Ordem Imperial da Rosa, só recebido por Tamandaré, Caxias e pelo Imperador D. Pedro II.
Fez-se merecedor, também, de muitos elogios. Talvez o mais significativo tenha sido o do Primeiro-Almirante Lord Cochrane, comandante da Esquadra Brasileira na Independência, que o recomendou a D. Pedro I quando somente tinha 16 anos, com a previsão de que aquele jovem marujo, no futuro, seria o "Nelson brasileiro". Mais tarde, em 1925, a Marinha fez de Tamandaré seu patrono.

A CARTA TESTAMENTO DE TAMANDARÉ



"Exijo que meu corpo seja vestido somente com camisa, ceroula e coberto com um lençol, metido em um caixão forrado de baeta, tendo uma cruz na mesma fazenda, branca, e sobre ela colocada a âncora verde que me ofereceu a Escola Naval em 13 de dezembro de 1892, devendo-se colocar no lugar que faz cruz a haste e o cepo um coração imitando o de Jesus, para que assim ornado signifique a âncora-cruz, o emblema da fé, esperança e caridade, que procurei conservar sempre como timbre de meus sentimentos. Sobre o caixão não desejo se coloque coroas, flores nem enfeites de qualquer espécie, e só a Comenda do Cruzeiro que ornava o peito do Sr. D. Pedro II em Uruguaiana, quando compareceu como primeiro dos voluntários da Pátria para libertar aquela possessão brasileira do jugo dos paraguaios que a aviltavam com a sua pressão; e como tributo de gratidão e benevolência com que sempre me honrou e da lealdade que constantemente a S.M.I. [Sua Majestade Imperial] tributei, desejo que essa comenda relíquia esteja sobre meu corpo até que baixe à sepultura, devendo ficar depois pertencente a minha filha D.M.E.M.L. [Dona Maria Eufrásia Marques Lisboa] como memória d'Ele e lembrança minha.
"Exijo que se não faça anúncio nem convites para o enterro de meus restos mortais , que desejo sejam conduzidos de casa ao carro e deste à cova por meus irmãos em Jesus o Cristo que hajam obtido o foro de cidadãos pela Lei de 13 de maio. Isto prescrevo como prova de consideração a essa classe de cidadãos em reparação à falta de atenção que com eles se teve pelo que sofreram durante o estado de escravidão; e reverente homenagem à Grande Isabel Redentora, benemérita da Pátria e da Humanidade, que se imortalizou libertando-os.
"Exijo mais, que meu corpo seja conduzido em carrocinha de última classe, enterrado em sepultura rasa até poder ser exumado, e meus ossos colocados com os de meus pais, irmãos e parentes, no jazigo da Família Marques Lisboa.
"Como homenagem à Marinha, minha dileta carreira, em que tive a fortuna de servir à minha Pátria e prestar alguns serviços à humanidade, peço que sobre a pedra que cobrir minha sepultura se escreva:

Aqui jaz o Velho Marinheiro.
M. de T."


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