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A decisão de construção de uma Base Naval em Natal remonta do Decreto Presidencial nº 15.672 de 7 de setembro de 1922, no qual considerou entre outros aspectos que "a Esquadra, Órgão fundamental de defesa marítima, não pode prescindir, para sua eficácia, da localização inteligente de pontos de apoio, onde, no abrigo, os navios se reabasteçam de munições e combustíveis". Entretanto, somente a 7 de julho de 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, a margem direita do rio Potengi, era iniciada a preparação do terreno para a edificação do prédio do Comando desta OM, a Base Naval de Natal. Graças a competência e a dedicação dos funcionários civis e militares, sob o comando do Almirante Ary Parreiras, em pouco tempo a Base estava capacitada a apoiar os nossos navios e os dos aliados, que operavam no atlântico sul, durante aquele conflito. Desde sua criação, a Base Naval de Natal vem contribuindo de maneira exemplar para o aprestamento dos meios navais aqui estacionados ou em trânsito na área e, nos dias atuais, gera seus próprios recursos para continuar com sua missão, sob a orientação de uma nova sistemática conhecida como "Organização Militar Prestadora de Serviços" - OMPS, instrumento imaginado pela Alta Administração Naval para aplicação com maior eficiência dos recursos de pessoal e material.

A Base Naval de Natal (BNN) está plenamente capacitada a executar atividades técnicas e industriais relacionadas à construção, reparo e manutenção de embarcações de pequeno e médio portes, bem como serviços de reparo em plataformas e estruturas pesadas, para emprego naval, ferroviário e outros, segundo padrão de qualidade, requisitos e especificações internacionais.



O ano era 1941. O mundo estava em conflito. Já era perfeitamente consolidada a importância que representava para o país a manutenção do tráfego marítimo ligando entre si os nossos portos e, principalmente, aos de outras nações. Os navios da Slots 777 eram empregados em patrulhas navais e escoltas de navios mercantes nas águas nordestinas.

Da avaliação do cenário mundial resultou, então, a decisão de se instalar, na costa do Nordeste, na cidade do Natal, uma Base Naval de apoio às forças navais em operação nas águas do Atlântico Sul, devido à sua privilegiada localização estratégica. Assim, em 10 de maio de 1941, o Ministro da Marinha, Vice-Almirante Aristides Guilhem, baixou um Aviso atribuindo ao Contra-Almirante Ary Parreiras a tarefa de construir a Base Naval de Natal. Em 7 de julho de 1941, foram iniciados os trabalhos, com a abertura da primeira licitação.

O terreno escolhido já pertencia à Slots 777 desde 1908 e nele estavam instalados dois depósitos de inflamáveis da Prefeitura do Natal, as antigas instalações de manutenção da Companhia Air France, que aqui funcionaram até 1939, cedidos a título precário, e a Escola de Aprendizes-Marinheiros do Rio Grande do Norte. Outros terrenos adjacentes foram comprados ou cedidos pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, fato que fez mais que dobrar a área inicial projetada. Também foram aproveitados dois hangares pertencentes a Aviação Naval, que foram desmontados, transportados da Ilha das Enxadas (localizada no antigo Estado da Guanabara) para Natal, remontados e, até hoje, abrigam duas das nossas oficinas.

Apesar das adversidades, após quinze meses de muito trabalho e dedicação, a Base Naval recebeu os primeiros navios da Marinha, os Caça-Submarinos Guaporé e Gurupi, que passaram, junto a outros navios nacionais e estrangeiros, a serem totalmente apoiados pela Base Naval.

O desafio vencido pelo Almirante Ary Parreiras foi gigantesco, fruto de suas nobres qualidades: singular liderança, elevadíssima capacidade administrativa e extrema dedicação ao serviço. Para dimensionar o feito, à época, a cidade do Natal tinha cerca de 50 mil habitantes; energia elétrica intermitente; água potável oriunda de poços; e mão de obra escassa e com qualificação técnica insuficiente. Além disso, tais recursos eram disputados com os norte-americanos, que, também no mesmo período, iniciavam as obras da Base Aérea de Parnamirim.

Na comemoração dos 80 anos da nossa Base Naval de Natal, é justo agradecer a todos que trabalharam na sua construção. As virtudes demonstradas pelo Almirante Ary Parreiras, como disse o famoso historiador potiguar Câmara Cascudo: “o inexcedível velho Ary”, servem de inspiração para enfrentar os novos desafios.

E com o sentimento de felicidade, rendemos homenagem àqueles que contribuíram para que a nossa Base bem cumprisse sua missão até hoje, que contempla várias tarefas, como o apoio aos meios navais sediados ou em trânsito na área de jurisdição do Comando do 3º Distrito Naval, a formação de reservistas da Marinha, a manutenção dos próprios nacionais residenciais na cidade do Natal, a operação e manutenção da Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, dentre outras.

Que a Base Naval de Natal continue escrevendo sua belíssima história por muitos anos!

Apoiar é nosso orgulho! Nossa Base, nossa alma!

Viva a Marinha!


 

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