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Abicar – Manobra realizada por navios ou embarcações, encalhando intencionalmente com a proa em uma praia, de maneira controlada, com o fim de desembarcar pessoal e/ou material.

Adestramento – Atividade destinada a exercitar o homem, quer individualmente, quer em equipe, desenvolvendo-lhe a habilidade para o desempenho eficiente das tarefas para as quais já recebeu a adequada instrução.

Aeronaval – Atividade, operação, organização, etc, que envolve meios navais e meios aéreos embarcados.

Aerotransportado – Pessoal, equipamento e material diverso, transportado por aeronave.

Águas interiores – Todas as águas do lado interno (na direção da terra) da linha de base de um estado costeiro.

Águas territoriais – Águas constituídas pelo Mar Territorial e pelas Águas Interiores.

Amazônia Azul – região que compreende a superfície do mar, águas sobrejacentes ao leito do mar, solo e subsolo marinhos contidos na extensão atlântica que se projeta a partir do litoral até o limite exterior da Plataforma Continental brasileira. A área abrange 3,6 milhões de km², extensão comparável à da superfície da floresta amazônica no país. O Brasil pleiteia junto à Organização das Nações Unidas estender sua plataforma continental em 2,1 milhões de km², o que pode fazer a Amazônia Azul chegar a 5,7 milhões de km².

Aprestamento – 1.Conjunto de medidas de prontificação ou preparo de uma força ou parte dela (especialmente as relativas a pessoal, material e adestramento) destinadas a colocá-la em condições de ser empregada a qualquer momento. 2. Procedimento pelo qual unidades participantes de uma operação aeroterrestre se deslocam para estacionamento nas vizinhanças dos pontos de embarque, completam a preparação para o combate e aprontam-se para o embarque.

Área de cobertura antissubmarino – Área dentro da qual os elementos aéreos e de superfície de cobertura antissubmarino operam para proteger os navios anfíbios e as unidades de apoio de fogo que apoiam o Assalto Anfíbio. Circunscreve a Área de Assalto.

Área de desembarque – Em Operações Anfíbias, parte da Área do Objetivo Anfíbio dentro da qual são executadas as operações de desembarque de uma Força-Tarefa Anfíbia, compreendendo as áreas de mar, terra e espaço aéreo necessários para executar e apoiar o desembarque.

Área de embarque – Área em terra, com um ou mais pontos de embarque, onde são concluídos os preparativos finais para o embarque, e para onde são trazidos o pessoal e o material a fim de serem embarcados para posterior emprego em uma Operação Anfíbia.

Arma antissubmarino – Nome genérico dado a todo engenho de guerra destinado a atingir submarinos, a fim de destruí-los ou de causar-lhes avarias graves.

Arma submarina – Nome genérico dado a todo engenho de guerra destinado a atingir navios inimigos em suas obras vivas, a fim de destruí-los ou de produzir-lhes avarias graves.

Assalto  – 1. Fase final de um ataque, compreendendo o choque com o inimigo em suas posições.
2. Ataque curto, violento, mas bem ordenado contra um objetivo local.
3. Fase de Operação Anfíbia, que começa quando os elementos principais do Comboio de Assalto da Força-Tarefa Anfíbia assumem suas posições determinadas na Área de Desembarque e que termina com o cumprimento da Missão da Força-Tarefa Anfíbia.

Assalto anfíbio – Ataque lançado do mar por uma Força-Tarefa Anfíbia, caracterizado pelos esforços integrados de forças treinadas, organizadas e equipadas para diferentes atividades de combate, a fim de, mediante um desembarque, estabelecer firmemente uma Força de Desembarque em terra. Tal desembarque é executado por meios de superfície e/ou aéreos e apoiados por meios navais e/ou aéreos.

Ataque coordenado – Ação simultânea e sincronizada de mais de uma unidade (navio, aeronave ou submarino) contra um mesmo alvo.

Aviação embarcada – Designação dada às unidades aéreas organizadas, equipadas e treinadas para guarnecer navios de superfície.

Base – 1. Local de onde são desencadeadas ou apoiadas operações (o mesmo que Base de Operações). 2. Organização dotada de instalações materiais apropriadas convenientemente localizadas e guarnecidas, que se destina a prestar o apoio necessário às forças em operações.

Base Naval – Terminal de um Sistema de Apoio Logístico a Forças Navais, compreendendo um conjunto de estabelecimentos, instalações e serviços reunidos em determinada posição geográfica.

Batalha Naval – Conjunto de ações táticas no mar, nas quais tomam parte, simultânea ou sucessivamente, forças ou unidades de superfície, aéreas ou de submarinos, de facções opostas.

Bloqueio Naval – Ação ou efeito de impedir a entrada ou saída de navios de um porto, base ou área confinada, pela ameaça de atacá-los com forças navais superiores.

CLAnf – Carro Lagarta Anfíbio – veículo blindado, destinado ao transporte de tropas e de carga no movimento navio-terra. Possui armamento leve e a sua propulsão nos modelos convencionais é efetuada através do movimento de lagarta, tanto no mar quanto em terra.

Controle de área marítima – Capacidade do Poder Naval de uma nação para exercer, com certo grau de garantia, a utilização ainda que temporária de áreas marítimas limitadas, estacionárias ou móveis.

Controle de Avarias (CAv) – Serviço organizado a bordo com o propósito de manter o poder ofensivo e defensivo do navio, assegurando sua estanqueidade, estabilidade, manobrabilidade e mobilidade.

Defesa Aérea – Conjunto de ações e medidas de Defesa Aeroespacial Ativa desencadeadas de uma plataforma aeroespacial e destinadas a anular ou reduzir a eficiência da ação de vetores aeroespaciais hostis.

Demonstração Anfíbia – Realização parcial de Assalto Anfíbio ou de Incursão Anfíbia, com ou sem a efetiva participação de Forças de Desembarque.

Defesa Nuclear – Conjunto de medidas destinadas a anular ou reduzir os efeitos de um ataque nuclear.

Derrota – Representação gráfica da projeção, na superfície terrestre, da trajetória desejada ou percorrida por uma aeronave ou navio. O mesmo que Rota.

Destacamento – Parte de uma força naval ou de uma tropa, designada para realizar determinada tarefa específica ou para reforçar a tripulação de um navio ou outra tropa.

Dissuasão – Atitude estratégica que, por intermédio de meios de qualquer natureza, inclusive militares, tem por finalidade desaconselhar ou desviar adversários reais ou potenciais, de possíveis ou presumíveis propósitos bélicos.

Domínio do mar – Capacidade do Poder Naval de uma nação para lhe garantir a utilização efetiva do mar, e simultaneamente, impedir que o inimigo o faça em relação aos seus próprios interesses.

Economia Azul – uso sustentável dos recursos marinhos para o desenvolvimento econômico, melhoria do bem-estar social e geração de empregos, conservando a saúde dos ecossistemas oceânicos e costeiros.

Embarque – Fase de uma Operação Anfíbia, durante a qual as forças, com seus equipamentos e suprimentos, são embarcadas nos navios designados.

Escolta – Força naval ou navio que acompanha, para proteger, um conjunto de navios de guerra ou mercantes ou um navio isolado.

Esquadrão – Grupamento organizado para fins administrativos ou táticos, constituído de duas ou mais divisões de navios, além de navios adicionais que podem ser designados para capitânias e tênderes.

Esquadra – Organização constituída de navios, aeronaves, força de fuzileiros e estabelecimentos de apoio diretamente relacionados com suas atividades, subordinada a um Comandante-em-Chefe. Administrativamente, a Esquadra é subdividida em Forças, as quais são organizadas de acordo com o tipo de unidades que operam.

Flotilha – Conjunto de navios, normalmente de porte e características semelhantes, organizado para fins administrativos, acrescido de navios adicionais designados para capitânias e tênderes.

Força – Designação genérica dada ao conjunto de unidades integradas por navios, aeronaves, tropas ou pela combinação desses componentes. Dispõe de comando próprio e é estabelecida para fins administrativos e/ou operativos.

Força de Fuzileiros da Esquadra – Força constituída de unidades das diversas armas e serviços do Corpo de Fuzileiros Navais, subordinada ao seu Comandante Geral, destinada a fornecer unidades para a realização de Operações Anfíbias, Ribeirinhas e Especiais.

Força Naval – Denominação genérica atribuída a um conjunto de unidades navais, podendo incluir unidades de Fuzileiros Navais e aéreas embarcadas, sob comando único, destinado a realizar operações navais.

Força-Tarefa – Força organizada por tarefas, com comando próprio, constituída de unidades navais e aéreas embarcadas, para o cumprimento de missão específica.

Grupamento – Componente de Organização por Tarefas ou administrativa, constituído de meios e efetivos militares.

Grupamento Operativo – Denominação genérica de uma parcela operativa de uma Força. Pode ser uma Força-Tarefa, um Grupo-Tarefa, uma Unidade-Tarefa, um Elemento-Tarefa ou uma combinação dessas parcelas.

Guerra naval – Emprego de navios de superfície, de submarinos, de aeronaves e de tropas, interligados por sistemas de comando, controle e comunicações e apoiados em bases estrategicamente posicionadas, tendo por tarefas: estabelecer e manter o controle de áreas marítimas, negar o uso do mar ao inimigo e projetar poder sobre terra, visando a consecução de objetivos estratégicos que contribuam para a conquista ou manutenção dos objetivos nacionais.

Helicóptero de emprego geral – Helicóptero cujas características tornam possível o atendimento das seguintes tarefas: reconhecimento aéreo, ligação e apoio, lançamento de paraquedistas, guarda de aeronaves em navios aeródromos, transporte de tropas e equipamentos pesados, busca e salvamento, serviços hidrográficos e relações públicas.

Helicóptero de ataque antissubmarino –Helicóptero de médio porte, dotado de equipamento eletrônico e armamento, que possibilitam o ataque dirigido ao submarino.

Helicóptero de busca e ataque antissubmarino – Helicóptero pesado, dotado de equipamento eletrônico e armamento que possibilitam a busca e o ataque ao submarino, sem auxílio direto do navio.

Interceptação – 1.Manobra Tática que consiste em levar uma aeronave, navio ou força a fim de identificá-la ou de atacá-la.
2. Ato ou efeito de captar intencionalmente a transmissão de uma mensagem ou sinal, sem o conhecimento dos correspondentes ou do emissor.

Jogo de guerra – Simulação de aspectos selecionados de uma situação que configurem um problema militar a ser resolvido de acordo com o critério dos jogadores e segundo a observância de uma sistemática preestabelecida.

Manobra – 1.Movimento ou série de movimentos destinados a colocar, na melhor posição em relação ao inimigo, navios, aeronaves ou tropas.
2.Operação figurada, realizada no mar, no ar, em terra ou na carta, para fins de adestramento.

Mar territorial  – Porção do mar adjacente a um Estado costeiro, sobre o qual ele exerce sua soberania, tendo como limite interno a linha de base e como limite externo uma linha equidistante da linha de base e regulada por legislação específica desse Estado.

Meios  – Forças e elementos materiais que integram o poder de combate.

Navio aeródromo – Navio capaz de operar, reabastecer, municiar, alojar e reparar aviões e helicópteros e aviões e suas equipagens aéreas, podendo ser classificado como Navio Aeródromo de Escolta (NAeE), Navio Aeródromo de Esquadra (NAeEsq) e Navio Aeródromo Ligeiro (NAeL), ou, de acordo com o propósito a que se destina, em Navio Aeródromo antissubmarino, Navio Aeródromo de ataque etc.

Navio Auxiliar ou de Apoio Logístico   – Navio de Guerra destinado a executar tarefas de Apoio Logístico.

Navio Capitânia – é o navio que aloja ou que está indicado para alojar o Comandante de Força e seu Estado-Maior. O Comandante do Navio Capitânia terá o título de Capitão de Bandeira.

Navio de Combate – Navio de guerra destinado a executar tarefas de combate.

Navio de Desembarque de Carros de Combate - apropriado para abicar em praia e desembarcar carros de combate, viatura ou qualquer combinação de tropas e suprimentos, através de uma rampa móvel na proa.

Navio de Desembarque Doca – Navio similar a um dique flutuante, com propulsão própria e empregado principalmente para transportar carros de combate, destacamento de praia e material pesado.

Navio Escolta – Navio de combate especialmente destinado a executar tarefas de escolta.

Navio Hospital – Navio desarmado, marcado de acordo com a Convenção de Genebra, equipado e guarnecido para proporcionar hospitalização e evacuação de baixas.

Navio Tanque – Navio destinado a transportar carga líquida.

Navio Varredor – Navios destinados a manter livres da ameaça de minas as linhas do tráfego marítimo ao longo do nosso litoral, as áreas marítimas adjacentes aos portos, terminais e plataforma nacionais; bem como as possíveis áreas de operações de nossas Forças Navais.

Operação – Conjunto de ações militares voltadas para o cumprimento de determinada missão de natureza estratégica, tática, de adestramento ou administrativa.

Operação Combinada – Aquela em que elementos ponderáveis de mais de uma Força Singular operam sob comando único.

Operação Conjunta – Emprego coordenado de elementos de mais de uma Força Singular, com propósitos interdependentes ou complementares, sem que haja a constituição de um comando único.

Operação Naval – Operação realizada em ambientes marítimo, na qual o Poder Combatente a ser aplicado encontra-se preponderantemente nas unidades navais empregadas.

Operação Ribeirinha – Operação realizada para obter e/ou manter o controle de parte ou de toda uma área ribeirinha, ou para negá-la ao inimigo. Tais propósitos exigem, normalmente, o controle de hidrovias selecionadas, o qual, por sua vez, somente será exercido de forma adequada se puder ser exercido simultaneamente o controle sobre as respectivas margens.

Patrulha – Operação de Esclarecimento que consiste na procura sistemática e contínua ao longo de uma linha, com o propósito de impedir que um objeto a cruze sem localizado; poderá ser complementada por ataque ao objeto, após sua localização.

Poder de combate – Capacidade de combate existente em determinada Força, resultante da combinação dos meios à disposição do seu Comandante, do valor profissional desse mesmo comandante e do valor moral dos efetivos que a compõe.

Poder combatente (navio) - Capacidade conjunta de poder ofensivo e do poder defensivo de um navio.

Poder Marítimo – Capacidade resultante da integração de todos os meios que dispõe a Nação para utilização ampla do mar e demais aquavias, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando alcançar e manter os objetivos nacionais.

Política naval – Arte de estabelecer os objetivos que devem ser alcançados pela Marinha de Guerra, a serviço dos objetivos nacionais, e de definir as linhas gerais da conduta que deve ser seguida para a consecução daqueles objetivos navais.

Ração – Quantidade de alimento ou água, necessária para manter um homem durante um dia.

SAR – Sigla de uso internacional que significa o emprego de recursos disponíveis na prestação de auxílio a pessoas em perigo. O mesmo que busca e salvamento.

Submarino convencional – Denominação dos submarinos dotados de propulsão diesel-elétrica.

Submarino convencionalmente armado com propulsão nuclear – Denominação de submarino dotado de sistema propulsor nuclear.

Submarino de ataque – Denominação dos submarinos, convencionais ou nucleares, cuja tarefa principal é o ataque a unidade de superfície, a submarinos ou ao tráfego marítimo.

Teatro de Operação – Parte do Teatro de Guerra necessário à condução de operações militares para o cumprimento de determinada missão e o seu consequente Apoio logístico (administrativo).

Tiro em salva – Tiro simultâneo de vários canhões sobre um mesmo alvo.

Tráfego Hidroviário – fluxo de embarcações que transitam em rotas ou conjuntos de rotas marítimas, fluviais ou lacustres.

Tráfego Marítimo – fluxo de navios mercantes que transitam em rotas ou conjunto de rotas marítimas.

Tropa – Termo coletivo que designa o pessoal de uma organização de força terrestre ou de Fuzileiros Navais.

Unidade-Tarefa – parte componente de um Grupo-Tarefa, organizada pelo comandante de um Grupo-Tarefa ou autoridade superior.

Varredura – operação de reconhecimento sistemático de uma área definida, por qualquer meio.